domingo, 2 de dezembro de 2007

A Menina Natal... ou o Natal da Menina!!!

Quase Natal… a esperança… o “menino”… soa bonito, não? -e até podia ser. Mas… e a menina?

Como se não bastasse a educação, agora a justiça (ou injustiça) que temos. OK! A justiça é cega… bolas mas não tem de ser estúpida, pois não? Que eu saiba, uma coisa não é sinónimo da outra. Vou tentar esclarecer onde quero chegar. O caso Esmeralda. Uns senhores juízes, lá dos lados de Coimbra, pelo que teimosamente têm feito, envergonham toda uma classe e o que é grave, é essa mesma classe não se ter manifestado. Como diz o povo… quem cala consente!
OK! São humanos e, errar é humano (reconhecer o erro é que define um ser superior). Mas pergunto: -Que crédito e respeito merece uma classe que trata as pessoas como objectos? –Sim, que apesar dos pareceres de quem percebe mais do assunto que eles, continuam a ignorar recomendações. Não lhes importa o que poderá suceder à criança; sim o importante, é que se cumpra o que eles dizem, porque admitir um erro na sua óptica é grave. O caso da menina, pode-se resumir a isto: «Não interessa o que psiquiatras e psicólogos por muito conceituados, possam dizer. Não interessa o que a criança possa sentir ou vir a sentir. Não fazemos futurologia. Se nós dizemos que vai para o pai biológico que nunca quis saber dela, é porque vai. Nós é que sabemos e mandamos.»
Se eu na minha profissão errar, levo um processo, sou investigado e possivelmente castigado. Parece que na justiça as coisas não se passam assim. Os senhores juízes podem fazer os maiores disparates, prejudicar quem quer que seja que nada de mal acontece. Ah! – o queixoso se tiver dinheiro pode sempre recorrer. Para que serve a Ordem? Só para garante das regalias que possuem? Não era dignificante para a classe que defende, dar um puxão de orelhas a quem erra e se esquece que existem seres humanos? Parece-me que sim.
Continuo a pensar que mais importante que a lei (que é invenção do homem), é o ser humano. Não foi por acaso, que a pena de morte foi abolida. Mas a manterem-se estas sábias resoluções pergunto: «Que crédito merece a justiça em Portugal? – Valerá a pena acreditar nela?».

Só mais uma pequenina coisa... como será o Natal desta menina? Será comparável aos dos filhos (se os tiverem) destes juízes? E estes srs. juízes ao olhar para os seus filhos... conseguirão ter a consciência tranquila e sorrir? Ou o Natal será apenas mais uma grande hipocrisia? -Só lembro... as crianças ainda acreditam no Natal, assim como alguns adultos. Recomendo que sejam honestos para com os filhos e lhes digam: «Sabem, há uma menina que não pôde ter um natal como o vosso, porque eu não deixei!»

sábado, 1 de dezembro de 2007

Afinal não era paralisia facial...

Ando completamente baralhado.
E... confesso que isto começa a assustar-me.
Não sei se sou eu que estou a enlouquecer, a ficar senil com a idade, ou se são os outros. Vou ser mais claro.
Ainda há uns dias, apanhei um tremendo susto. Dei por mim de cara à banda e pensei que tinha apanhado outra vez paralisia facial. Assustei-me pois. Fiz uma inspecção rigorosa ao espelho e verifiquei que estava enganado. Mas curiosamente não fiquei com um sorriso nos lábios, por verificar que estava enganado. Devia ficar contente por não estar doente, ou ficar triste por verificar que toda uma população estava a ser enganada?
Vou tentar ser ainda mais claro.
Estava a ver TV (o que é raro...) e qual não é o meu espanto, vejo o nosso primeiro-ministro todo contente a falar e a gabar-se de que tinha "corrido" com não sei quantos professores do ensino e que, pasme-se o insucesso não tinha crescido; isto, com base nas tais fontes estatísticas do governo, que também dizem que o desemprego diminuiu, os hospitais modelo (pré-privatizados?), estão com as contas em dia, que afinal a greve da função pública só atingiu 22%. Enfim, justificava ele assim, o que tinha mandado fazer pela senhora que nada percebe de educação mas que é uma boa executiva e que ocupa o primeiro lugar do ministério, e dizer aos portugueses que afinal os ditos profs estavam a mais. É preciso coragem da parte do homem e, muita estupidez de quem acreditou e acredita nele.
Mas... coragem já nós sabíamos que ele tinha. Se fizermos um exercício temporal, descobrimos que um tal senhor António dos lados de Santa Comba, que apesar de ter sido um ditador não interessado em que o povo aprendesse muito, pasme-se... abriu escolas em tudo o que era sítio. Agora, nos tempos modernos, vindo de alguém que se proclama socialista, fecham-se escolas, eliminam-se alegremente alguns professores, não se substituem os que estão diminuídos pela doença (mesmo comprovada!) ou desgastados pela idade (sim, que dar aulas não é o mesmo que ser governante temporário - desgasta muito mais!). Reconheço…é precisa muita coragem. Claro que não se fala da burocratização das escolas para dificultar a reprovação de quem não sabe (isso iria estragar as tais estatísticas). Claro que não se diz que os professores são forçados a premiar a mediocridade não a excelência e a educação, está pautada pelo apoio à passagem dos menos preparados, porque uma visão economicista levou ao desinvestimento do ensino em geral, e a falta de discernimento político está a comprometer o futuro do país. Sim, porque o desinvestimento nos jovens e na sua formação é empenhar o futuro. Que os pais não julguem que são computadores a 150 € (usados para estar no MSN na conversa da treta) que vão elevar o nível formativo das nossas criancinhas. Mas… será que a maioria dos pais se rala com isso? – Creio que não. Na visão de muitos encarregados de educação (talvez a maioria), a escola é hoje, um armazém onde podem depositar os seus rebentos quase que gratuitamente. E que os professores apesar da sua formação são meros ocupadores de tempos livres. Foi por tudo isto que fiquei com a cara à banda. Foi tudo isto que me "baralhou" as ideias e fez-me pensar. Em qualquer país civilizado, com governantes minimamente inteligentes, os professores são respeitados e até apoiados na sua missão. Aqui...

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