segunda-feira, 21 de abril de 2008

Valores mais altos se levantam...

Tenho andado a interrogar-me, mas afinal, a coisa já vem de longe. A subida do custo de vida, dos bens primários de tudo enfim… a tentativa feroz com que o primeiro ministro nos quer ver de tanga ou sem ela, não é de agora. É um objectivo antigo, obsessivo e doentio do primeiro ministro. Senão, vejamos o que agora veio publicado no Diário de Notícias do passado Domingo dia 20 de Abril:

Quando Sócrates defendeu o nudismo

19 de Abril de 1988. Um jovem deputado do PS pede a palavra no plenário da Assembleia da República. Vai fazer o seu primeiro discurso sobre uma questão nacional (meses antes tinha falado sobre questões orçamentais relativas ao seu círculo eleitoral). O que estava em causa era um projecto-lei dos "Verdes" legalizando a possibilidade da prática do nudismo.

Disse o jovem deputado que "esta prática tem tido um enorme desenvolvimento na Europa e no mundo" dado o "progressivo reconhecimento" das suas "vantagens para a saúde física e mental" e para um "desejável equilíbrio emocional". Além do mais "liberta" as "mentalidades de complexos de moral sexual retrógradas e bloqueadoras".

E, como se isso não bastasse, "acentua a unidade rica e perfeita do corpo e do espírito". Algo, enfim, só ao alcance de pessoas com "elevada consciência cívica e ecológica".

Por causa deste discurso, o jovem deputado em causa - José Sócrates, de seu nome - foi notícia em todos os jornais. O projecto dos "Verdes" que defendera em nome do PS tinha conseguido vencer as resistências da maioria PSD. Foi aprovado. Um dia histórico para o naturismo nacional, ao qual o actual primeiro-ministro viu o seu nome associado, do lado dos que ganharam.

Como fica demonstrado, é apenas a perseguição de um sonho antigo. Ver todo o País evoluído e «em unidade rica e perfeita do corpo com o espírito». Como sou ignorante... pensava que era MISÉRIA.


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sábado, 19 de abril de 2008

Vai dar-me o telemóvel já!

sábado, 5 de abril de 2008

Confissão do sr Valter...

Porto, 04 Abr (Lusa) - O secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, afirmou hoje, no Porto, que "há uma campanha orquestrada contra a escola pública".
Questionado sobre quem é que está por detrás dessa campanha, Valter Lemos escusou-se a responder.
"Eu vejo as vossas notícias, vocês é que saberão", disse.

Resolvi também ver as notícias.
Espero que tenham visto as notícias de hoje, nos canais de tv.
Armas brancas, armas de fogo e agora bombas artesanais nas escolas.

Nos jornais:
Correio da manhã
O Procurador-geral da República (PGR), Pinto Monteiro, exortou os conselhos executivos das escolas e os professores a participarem os casos de violência escolar. Garantiu mesmo ter "elementos seguros de escolas em que os alunos vão armados com pistolas de 6,35 e 9 milímetros". O CM tentou obter esclarecimentos mais específicos sobre o assunto junto de Pinto Monteiro, mas não foi possível.

Há alunos que levam armas para os estabelecimentos de ensino
Ministra da Educação já conhecia dados sobre armas nas escolas revelados pelo PGR
04.04.2008 - 09h07 Lusa
A ministra da Educação já conhecia os dados sobre violência nas escolas revelados pelo Procurador-Geral da República (PGR) após uma audiência com o Presidente da República, nomeadamente que há alunos que levam armas para os estabelecimentos de ensino.
"São dados que são compilados e reportados pelo próprio Ministério da Educação. E resolvidos também", explicou Maria de Lurdes Rodrigues, que falou no final de um colóquio sobre Educação realizado na Fundação de Serralves, no qual participou com Marçal Grilo, um dos seus antecessores, no cargo entre 1995 e 1999.
O ministério registou 140 casos em que houve violência praticada com armas nas escolas. "Esses casos foram por nós divulgados há muitos meses. Reportam-se ao ano lectivo anterior", revelou também a ministra, acrescentando que "não há dados ainda sobre este ano lectivo".
Alunos com canivetes, alguns que utilizaram "armas a fingir" e outros que "levam espingardas do pai, que é caçador", foram situações avançadas por Maria de Lurdes Rodrigues, para quem este problema se trata de "um conjunto de casos muito variado".
Na opinião da ministra, "a maior parte dos casos são nas imediações da escola, não são no seu interior".

A resposta ao senhor Valter, afinal, com todas as letras vinha bem clara, do clero, e com todas as letras:

Jornal de Notícias
Estado é o problema da Educação
Foi em tom crítico ao Governo que os bispos concluíram a sua reflexão sobre a situação da escola em Portugal. O Estado foi mesmo considerado, por D. Carlos Azevedo, como "o problema da Educação". E, no último dia de reunião, ontem, em Fátima, a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) apelou ao fim do clima de crispação entre professores e governantes, considerando que "só o debate sereno" irá resolver o problema.


Inicialmente, eu pensava que a senhora (Maria de Lurdes Rodrigues) que nada percebe de Educação, era só incompetente. Depois, durante algum tempo, pensei que era mesmo burra.
Hoje já não penso isso. Pela maneira como foge às perguntas, reconheço-lhe (embora não muita) alguma esperteza.
Contudo... não pode falar. Está a cumprir ordens e não lhe convém perder o tacho. Como confessou o sr Valter, "há uma campanha orquestrada contra a escola pública". Disso já não há dúvidas. E como disseram os bispos é conduzida pelo governo, cujo responsável directo é o primeiro ministro José Sócrates. Afinal a senhora (que não reconheço como ministra) até é uma boa executiva.



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