Riu?
Achou engraçado?
- Não esqueça que são respostas de criança. O que é triste é que Portugal, com este governo, com este ministério da educação, está a preparar o ensino dos nossos jovens neste sentido. Pense um pouco. Primeiro, os exames que foram um desastre nacional, por não aferir matérias e saberes dos respectivos programas impostos pelo mesmo ministério que encomendou os exames, mas apenas cultura geral.
Depois como o ministério teme que mesmo assim os resultados não sejam famosos, manda os directores regionais "seleccionarem" professores correctores, ou melhor, fornecerem directrizes para a sua selecção, junto dos Conselhos Executivos segundo publicado no Jornal O Público.
«De acordo com um relato de um professor escrito em acta, a directora regional de Educação do Norte, Margarida Moreira, pediu aos conselhos executivos das escolas para terem atenção na escolha dos docentes que vão corrigir os exames, e disse que “talvez fosse útil excluir de correctores aqueles professores que têm repetidamente classificações muito distantes da média.” Os “alunos têm direito a ter sucesso” e o que “honra o trabalho do professor é o sucesso dos alunos” terá dito imediatamente antes e depois.
Esta acta foi citada hoje no Parlamento pelo deputado e líder do CDS-PP, Paulo Portas, durante um debate sobre o "facilitismo" das provas (de aferição e exames) deste ano, pedido pelos centristas. E reporta-se a uma reunião tida entre responsáveis pelo Gabinete de Avaliação Educacional (Gave, responsável pela elaboração das provas), presidentes dos conselhos executivos do Norte e Margarida Moreira, para a preparação dos testes deste ano.
O PÚBLICO contactou o gabinete de imprensa do Ministério da Educação para obter um esclarecimento sobre os motivos desta orientação e a resposta foi dada pelo director do Gave. Carlos Pinto Ferreira, que participou na referida reunião, esclareceu que a mensagem que se pretende passar é que os professores designados para verem os exames devem cumprir rigorosamente os critérios de classificação emanados pelo Gave. “E não apliquem nem mais nem menos. Tem de se assegurar que os classificadores seguem aquelas normas. A uniformidade na aplicação dos critérios é a única coisa que garante a equidade entre os alunos”, reforçou o director do Gave.»
Mas tudo isto, não foi apenas incompetência. É ainda mais grave. É para justificar aos pais que as reformas que estão a ser impostas estão a dar frutos. Que os professores estavam errados e a ministrazeca (a tal fulana que chamou professorzecos aos docentes deste país) é que tinha razão. Quando os nossos jovens sem preparação entrarem na universidade quero ver os resultados promovidos por tão ilustres governantes.
Mas... é só mais uma etapa para atingir os objectivos deste governo.
Nada disto é por acaso. Quando ainda há relativamente pouco tempo alertei alguns colegas para a campanha orquestrada pelo governo contra os professores e ensino público mais contra a saúde; não acreditaram. Dizia eu na altura que se estava a passar algo de muito grave; que se estava a denegrir o ensino público e a rede nacional de saúde para fenefício de "compadres" que operavam no ensino privado e nas clínicas privadas.
Tinha razão. Vejamos, as escolas técnico-profissionais, criadas para "chupar" dinheiro da CEE, continuam em exercício só que com dinheiro dos contribuintes, enquanto que a escola pública continua com orçamentos insuficientes; as primárias, continuam a ser encerradas, com prejuizo para crianças e pais (os mesmos contribuintes que veêm os seus filhos serem deslocados para fora das suas áreas de residência e o dinheiro dos impostos a ser canalizado para ajudar colégios particulares e escolas profissionais particulares); Observem o que se passa inclusivé com as universidades públicas. Quanto à saúde... recordo que mesmo antes do referendo do aborto, já o governo tinha autorizado a instalação de clinicas espanholas (segundo declaração das mesmas). Agora com o desmembrar dos hospitais, com retirada de valências e tudo o mais que temos visto, vem o governo promover consultas e intervenções cirurgicas em unidades privadas. Então, tinha ou não razão?
Este governo não governa.
Governa-se e aos "amigos". Provem-me o contrário se forem capazes.
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Achou engraçado?
- Não esqueça que são respostas de criança. O que é triste é que Portugal, com este governo, com este ministério da educação, está a preparar o ensino dos nossos jovens neste sentido. Pense um pouco. Primeiro, os exames que foram um desastre nacional, por não aferir matérias e saberes dos respectivos programas impostos pelo mesmo ministério que encomendou os exames, mas apenas cultura geral.
Depois como o ministério teme que mesmo assim os resultados não sejam famosos, manda os directores regionais "seleccionarem" professores correctores, ou melhor, fornecerem directrizes para a sua selecção, junto dos Conselhos Executivos segundo publicado no Jornal O Público.
«De acordo com um relato de um professor escrito em acta, a directora regional de Educação do Norte, Margarida Moreira, pediu aos conselhos executivos das escolas para terem atenção na escolha dos docentes que vão corrigir os exames, e disse que “talvez fosse útil excluir de correctores aqueles professores que têm repetidamente classificações muito distantes da média.” Os “alunos têm direito a ter sucesso” e o que “honra o trabalho do professor é o sucesso dos alunos” terá dito imediatamente antes e depois.
Esta acta foi citada hoje no Parlamento pelo deputado e líder do CDS-PP, Paulo Portas, durante um debate sobre o "facilitismo" das provas (de aferição e exames) deste ano, pedido pelos centristas. E reporta-se a uma reunião tida entre responsáveis pelo Gabinete de Avaliação Educacional (Gave, responsável pela elaboração das provas), presidentes dos conselhos executivos do Norte e Margarida Moreira, para a preparação dos testes deste ano.
O PÚBLICO contactou o gabinete de imprensa do Ministério da Educação para obter um esclarecimento sobre os motivos desta orientação e a resposta foi dada pelo director do Gave. Carlos Pinto Ferreira, que participou na referida reunião, esclareceu que a mensagem que se pretende passar é que os professores designados para verem os exames devem cumprir rigorosamente os critérios de classificação emanados pelo Gave. “E não apliquem nem mais nem menos. Tem de se assegurar que os classificadores seguem aquelas normas. A uniformidade na aplicação dos critérios é a única coisa que garante a equidade entre os alunos”, reforçou o director do Gave.»
Mas tudo isto, não foi apenas incompetência. É ainda mais grave. É para justificar aos pais que as reformas que estão a ser impostas estão a dar frutos. Que os professores estavam errados e a ministrazeca (a tal fulana que chamou professorzecos aos docentes deste país) é que tinha razão. Quando os nossos jovens sem preparação entrarem na universidade quero ver os resultados promovidos por tão ilustres governantes.
Mas... é só mais uma etapa para atingir os objectivos deste governo.
Nada disto é por acaso. Quando ainda há relativamente pouco tempo alertei alguns colegas para a campanha orquestrada pelo governo contra os professores e ensino público mais contra a saúde; não acreditaram. Dizia eu na altura que se estava a passar algo de muito grave; que se estava a denegrir o ensino público e a rede nacional de saúde para fenefício de "compadres" que operavam no ensino privado e nas clínicas privadas.
Tinha razão. Vejamos, as escolas técnico-profissionais, criadas para "chupar" dinheiro da CEE, continuam em exercício só que com dinheiro dos contribuintes, enquanto que a escola pública continua com orçamentos insuficientes; as primárias, continuam a ser encerradas, com prejuizo para crianças e pais (os mesmos contribuintes que veêm os seus filhos serem deslocados para fora das suas áreas de residência e o dinheiro dos impostos a ser canalizado para ajudar colégios particulares e escolas profissionais particulares); Observem o que se passa inclusivé com as universidades públicas. Quanto à saúde... recordo que mesmo antes do referendo do aborto, já o governo tinha autorizado a instalação de clinicas espanholas (segundo declaração das mesmas). Agora com o desmembrar dos hospitais, com retirada de valências e tudo o mais que temos visto, vem o governo promover consultas e intervenções cirurgicas em unidades privadas. Então, tinha ou não razão?
Este governo não governa.
Governa-se e aos "amigos". Provem-me o contrário se forem capazes.
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