Em comentários divulgados pelo seu advogado à revista News, Fritzl, que prendeu a filha Elisabeth em 1984, disse que começou a violar a menina um ano depois. «O meu desejo de manter relações sexuais com Elizabeth tornou-se cada vez mais forte», disse o austríaco, segundo a revista.
«Eu sabia que Elisabeth não queria que eu fizesse o que estava a fazer com ela. Eu sabia que estava a magoá-la. Aquilo era como um vício. Na verdade, eu desejava ter filhos com ela», acrescentou.
Elisabeth, 42, viveu quase um quarto de século dentro do porão sem janelas da casa de Fritzl, tendo dado à luz sete de seus filhos, hoje com idades entre os 5 e os 19 anos.
Três das crianças continuaram trancadas com a mãe na cave-masmorra e nunca viram a luz do dia até o caso ter vindo à tona, há duas semanas. Elisabeth contou à polícia que o pai começou a abusar sexualmente dela quando tinha apenas 11 anos.
Fritzl, que também tem sete filhos com a sua mulher, Rosemarie, afirmou que prendeu Elisabeth depois da pequena ter começado a «desobedecer todas as regras» na puberdade.
Ela frequentava bares, consumia bebidas alcoólicas e fumava. E fugiu de casa algumas vezes, afirmou o homem de 73 anos
«Eu tentei tirá-la daquele pântano. Até lhe dei aulas, para que se pudesse tornar empregada de mesa». justificou o violador. «Eu precisava de ter cuidado. Precisava criar-lhe um ambiente no qual poderia, em algum momento, mantê-la longe do mundo exterior, nem que tivesse de usar a força».
Afinal o grande salvador, além das boas intenções... tinha um vício!!!
Ciclo Vicioso
Fritzl afirmou ter entrado num «ciclo vicioso» quando trancou Elisabeth no porão. Contou à mulher, que sempre subjugou, que a filha tinha fugido para aderir a uma seita.
«Eu sempre soube, ao longo de todos os 24 anos, que o que fiz não estava certo, que eu devia estar louco por fazer algo desse tipo», afirmou, referindo-se ao mundo subterrâneo de Elisabeth como «o seu império»
«No entanto, para mim, tornou-se uma coisa natural levar uma vida paralela na cave da minha casa»
O advogado de Fritzl, Rudolf Mayer, afirmou que o seu cliente deveria ser submetido a exames psiquiátricos a fim de avaliar se está em condições de ser julgado.
Fritzl descreveu-se como um homem que valoriza a decência e as boas maneiras.
E disse que a ênfase na questão disciplinar da era nazi, quando cresceu, pode haver tido alguma influência sobre o seu comportamento . «De toda forma, não sou o monstro que os meios de comunicação estão a criar»
«Quando visitava o bunker, eu levava flores para a minha filha, e livros e brinquedos para as crianças. Eu via filmes de aventura com eles enquanto Elisabeth preparava os nossos pratos preferido», afirmou.
«E, depois, sentávamos-nos todos à mesa e comíamos juntos»
Mayer confirmou à Reuters que as declarações de Fritzl publicadas na revista News são autênticas.
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